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5 dicas para estruturar as finanças da sua empresa

Atualizado: 9 de set. de 2019


Você conhece os números da sua empresa? Sabe se ela está estável? Qual seu potencial de crescimento e o lucro esperado? Qual a decisão que, tomada hoje, terá os melhores resultados no futuro? Ter uma boa Estruturação Financeira permite que você tenha uma visão clara, por meio de indicadores, da real situação da sua empresa! Mas, você sabe o que é Estruturação Financeira? De fato, é um conceito bem amplo; depende, desde uma organização das finanças pessoais e da rotina do gestor, até a implantação de ferramentas e o uso de cálculos e análises, simples ou complexas, que vão fornecer os recursos necessários para que você tome as melhores decisões para o futuro da sua empresa, de forma muito mais estratégica! Ficou interessado, mas não sabe por onde começar? Aqui vão algumas dicas:

1. Respeite o Princípio da Entidade

Sendo o primeiro Princípio de Contabilidade, o “Princípio da Entidade” afirma que é de extrema importância que se diferencie um patrimônio particular no universo de patrimônios existentes, ou seja, que as contas, obrigações e rendimentos pessoais não se misturem com os empresariais, ainda que ambos pertençam a uma mesma pessoa. Isso vale para proprietários e sócios de instituições de qualquer natureza. É muito importante ter organização e planejamento, evitando assim, o uso de rendimentos da empresa (além do pró-labore) para cumprir obrigações pessoais. Manter os patrimônios separados pode parecer difícil, já que muitas vezes o pró-labore não supre todas as obrigações pessoais até o fim do mês, portanto, é necessário criar o hábito de sempre realizar um planejamento financeiro pessoal definindo um pró-labore que condiga com a realidade das suas necessidades e despesas pessoais.

2. Escolha uma ferramenta de gestão adequada Existe hoje no mercado uma grande variedade de opções para gerir bem as finanças da sua empresa. É possível adquirir um sistema de gestão financeira online com mensalidades bem acessíveis e diversas facilidades como a integração contábil automatizada dos fluxos de caixa, controle da emissão de boletos e notas fiscais, bem como de pagamentos a realizar e seus respectivos prazos; tudo muito acessível e visual! Alguns sistemas financeiros mais modernos também incluem o recurso de Gestão Orçamentária, capaz de projetar cenários, confrontar o realizado com o orçado e com base nesses indicadores gerar relatórios e gráficos que permitem a realização de uma gestão mais estratégica. Para empresas menores, uma planilha bem adaptada às suas necessidades pode ser suficiente. Você pode adquirir alguns modelos online com preços bem variados, ou quem sabe se aventurar em aprender um pouco mais sobre programas como o Excel e montar a sua própria planilha personalizada. Independentemente do método que você escolher, o importante é ter organização e saber aproveitar ao máximo os recursos disponíveis, muitos a apenas um click!

3. Controle seu estoque Outro recurso de vital importância é ter um Controle de Estoque adequado. Quando em uma empresa surgem prejuízos ou perdas de caixa inexplicáveis, atente para uma possível falha na gestão de estoque! Assim como no caso da gestão financeira, é de extrema importância adquirir uma ferramenta para controlar seu estoque. É possível ter acesso a uma gama de sistemas disponíveis online, também a preços variados e acessíveis, que ajudam muito na organização e facilitam a gestão como um todo, permitindo que se tenha noção de dados importantes como a margem de lucro por unidade vendida/produzida, além de base para reduzir custos. Mas nunca se esqueça, mesmo fazendo uso de um sistema moderno e adequado para o controle de estoque da sua empresa é muito importante verificar com frequência se o que consta no sistema de controle de estoque confere com o estoque físico, contornando possíveis falhas nos sistemas.

4. Conheça seus números Conhecer seus números é essencial! Às vezes, até por medo de se deparar com algum erro em processos, acaba-se por evitar aquela checagem diária. Mas o bom gestor tem sempre o saldo na ponta da língua e não deixa de separar um tempinho na sua rotina só para se familiarizar com os números da sua empresa! Alguns exemplos de indicadores que tornam essa checagem diária muito mais rápida e visual:

● Indicadores de liquidez: os indicadores de liquidez permitem que se avalie o orçamento atual quanto à sua capacidade de arcar com suas dívidas de curto prazo. Existe a chamada “liquidez imediata”, a qual é obtida pela razão entre o caixa disponível e o passivo circulante. Além dessa, tem-se a “liquidez corrente” que relaciona as contas a pagar com as contas a receber da empresa, em um curto prazo, dividindo o ativo circulante pelo passivo circulante.

● Indicadores de estrutura de capital: servem para analisar o índice de endividamento da empresa e sua capacidade de cobrir os juros. Como exemplos, temos o “endividamento total”, que é uma relação entre as dívidas da empresa e os valores investidos por acionistas; e a “cobertura de juros”, de grande ajuda na hora de decidir de que forma as dívidas serão quitadas, pois é capaz de traduzir o impacto que esses pagamentos teriam no orçamento empresarial.

● Indicadores de rentabilidade: identificam o lucro a partir das vendas e investimentos da empresa. O ROA (retorno operacional dos ativos) mede a capacidade da empresa de gerar retorno com sua atividade final, é uma relação entre o lucro operacional e o ativo total. O ROI, retorno sobre o investimento, mede o poder de ganho da empresa. Já o ROE, retorno sobre o patrimônio, mede o retorno gerado a partir do dinheiro aplicado por acionistas.

● Indicadores de atividade: avaliam o tempo necessário para converter custos em vendas e, consequentemente, em caixa. É possível citar o “ giro de caixa”, que avalia o quanto de dinheiro gerado pelas vendas é utilizado para financiar as atividades operacionais da empresa; e o conhecido “fluxo de caixa” que mede a diferença entre receitas e despesas da empresa.

● Indicadores de lucratividade: medem a eficiência da empresa em gerar lucro a partir das suas vendas. Dentre os mais utilizados pelas empresas tem-se a “margem bruta” que relaciona o lucro bruto com a receita líquida, ou seja, com as vendas. Já a “margem líquida” é a que melhor traduz a famosa “margem de lucro”, a qual relaciona o lucro líquido com as vendas.

5. Planejamento é a chave do sucesso Lembra de quando você iniciou o seu negócio? Quais eram os seus sonhos? O que mudou desde então? Você teria feito algo diferente? Onde você imagina sua empresa daqui a 5 anos? E daqui a 10 anos? Agora, como você pretende chegar lá? Só é possível responder plenamente a essa pergunta com um bom Planejamento Financeiro na manga! Comece definindo metas, podem ser de faturamento, vendas ou até de reconhecimento no mercado. Para chegar lá você vai precisar definir um Plano de Ação que tenha metas alcançáveis e prazos bem definidos que devem ser seguidos com disciplina! Certifique-se de criar um Planejamento bem completo e estratégico, abrangendo curto e longo prazos; e, utilizando indicadores, crie cenários de receita e despesa com base no seu histórico para montar um orçamento anual o mais próximo da realidade possível. Confronte o orçado com o realizado, frequentemente, tanto em metas de faturamento quanto de Planos de Ação pensados para melhorar a sua gestão e alcançar os seus objetivos e sonhos para a sua empresa. A Estruturação Financeira de hoje influencia diretamente na que você terá amanhã!

Já deu pra ter uma ideia de que estruturar as finanças da sua empresa pode se tornar uma grande aventura que vai exigir muita dedicação, disciplina e bom, as ferramentas certas. Colocando essas 5 dicas em prática e buscando sempre aprender mais sobre o assunto você já pode começar a estruturar as finanças da sua empresa! Se tiver mais alguma dúvida, entre em contato conosco!

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