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O que é a inflação e como ela está presente em nossa vida?

Comumente ouvimos falar sobre inflação nos jornais e noticiários, mas você conhece esse conceito? Sabe de que maneira esse fenômeno impacta diretamente nossa vida? Nós vamos explicar.


Inflação, de uma forma simplificada, é o processo de aumento contínuo e generalizado nos

preços de bens e serviços. Sabe quando você vai ao supermercado e percebe que está tudo mais caro do que era antes? Então, isso é a inflação. Vamos dar um exemplo: imagine que você tenha ido nesse mesmo supermercado em 2010 com R$ 100,00. Quais compras poderiam ser feitas com esse dinheiro? Bom, agora imagine uma ida ao mercado em 2021 com os mesmos R$ 100,00, daria para comprar os mesmos produtos e na mesma quantidade? Dificilmente.

E como isso afeta seu bolso?


Um dos principais efeitos desse fenômeno é a perda do poder de compra por parte daqueles grupos cujos rendimentos não aumentam automaticamente com o aumento dos preços. Vamos voltar para o exemplo do supermercado: a elevação nos preços fez com que você precise colocar mais dinheiro para comprar as mesmas coisas que conseguia no passado. O problema é que nem sempre a renda cresce na mesma intensidade que a inflação, ou seja, o preço dos produtos aumentou, mas seus recursos disponíveis não aumentaram junto.


Pense no caso de uma pessoa que hoje recebe o mesmo salário que ganhava ano passado. É justo dizer que essa pessoa perdeu poder de compra, afinal, apesar de seu dinheiro ter se mantido o mesmo, o preço das coisas está maior.


Segundo Carlos Henrique Horn, professor da Faculdade de Ciências Econômicas da

UFRGS, a inflação impactou fortemente o Brasil no passado.


“A inflação é um fenômeno que faz parte da vida cotidiana de todos os países. Em alguns países, ela é baixa; em outros, mais elevada. Houve países que sofreram episódios de hiperinflação, em que a moeda perdia poder de compra a cada minuto. Não é exagero. No Brasil, convivemos com alta inflação durante anos até que, com o advento do Plano Real em 1994, nossa inflação diminuiu bastante“, explica o professor.


Esse acontecimento precisa ser medido de algum jeito, a melhor forma é por meio dos índices de inflação. O índice oficial de inflação no Brasil é o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), essa metodologia tem como público alvo as famílias com rendimentos entre 1 e 40 salários mínimos, ou seja, a esmagadora maioria dos brasileiros. Quem calcula esse índice é o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que leva em consideração os preços de mais de 350 itens no seu cálculo, com os grupos de alimentação e habitação tendo os maiores pesos dentro dessa metodologia. Também existem outros índices de inflação, com diferentes composições e pesos para encontrar a variação de preços; mas o IPCA é aquele que mais impacta nosso cotidiano, justamente por sua composição ser feita de bens e serviços que grande parte dos brasileiros utilizam no dia a dia.


Horn ainda comenta sobre diferentes pontos para se observar quando falamos de inflação. “Os economistas buscam identificar os múltiplos fatores que causam a inflação, como ela atinge os vários grupos da população e os modos de controlá-la. Nos países com inflação elevada, ocorre perda significativa do poder de compra dos trabalhadores assalariados - a grande maioria da população -, ainda que alguns grupos possam se favorecer. Já nos países com inflação muitíssimo baixa, conquanto se pense tratar de algo positivo, é muito provável que grande parte da população esteja desempregada. Entre a instabilidade da alta inflação e os danos do desemprego massivo, a política econômica deve procurar o ponto da estabilização, o que exige ciência e arte”, complementou o especialista.


Portanto, podemos concluir que a inflação está presente na vida de todas pessoas e nos atinge diretamente. Sua elevação quando descontrolada traz efeitos negativos para a economia, com a perda do poder de compra sendo uma das principais consequências desse fenômeno.

Esse texto é mais um da série de posts sobre Educação Financeira em nosso blog, nas próximas semanas iremos postar ainda mais! Agradecemos ao professor Carlos Henrique Horn pela ajuda na produção e revisão do texto.

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