O mundo dos negócios é repleto de siglas, indicadores e diferentes métricas para se avaliar uma empresa, são tantos nomes que algumas pessoas podem ficar confusas. Ultimamente uma sigla vem ganhando espaço e atraindo muita atenção de investidores e do público em geral, estamos falando de ESG. Mas você sabe o que significa? A sigla ESG vem do inglês e significa “Environment, Social and Governance”. No português podemos traduzir como “Ambiental, Social e Governança”. O assunto está crescendo entre as empresas, demonstrando que os valores e propósitos de uma organização podem dizer tanto quanto seus indicadores financeiros tradicionais. Por abranger diferentes ideias, é importante explicarmos o significado por trás de cada letra: - Environment (ambiente): se refere às práticas da operação da empresa em áreas como poluição, gestão de resíduos e desmatamento. - Social: a letra S trata da relação da empresa com as pessoas, especialmente em temas como diversidade, respeito aos direitos humanos, políticas de inclusão, missão, valores, engajamento e privacidade dos dados. - Governance (governança): O G de ESG trata da gestão da empresa, com enfoque em temas como transparência, políticas de remuneração para seus executivos, potenciais conflitos de interesse e canal de denúncias. Ou seja, a sigla ESG é uma maneira de se analisar as práticas de uma empresa quanto aos seus desafios ambientes, sociais e de governança. O crescimento do termo ESG tem sua explicação: O mundo e os hábitos de consumo estão passando por diversas mudanças, sendo necessário que as empresas busquem se adaptar a esse novo cenário tão dinâmico e desafiador. ESG não é uma ferramenta de luxo para uma empresa, mas sim uma questão de manter-se competitiva e atualizada perante as novas tendências entre seus consumidores e investidores. Engana-se quem subestima os efeitos que as práticas ESG podem causar dentro de uma empresa. Um célebre estudo do Boston Consulting Group (BCG) indica que empresas com boas práticas ESG tendem a ter maiores resultados financeiros, mostrando que organizações buscando causar um impacto positivo no mundo também podem se beneficiar muito no processo. O mercado ESG está em expansão. As novas gerações de consumidores e investidores buscam se relacionar com empresas que compartilham valores similares, sendo possível perceber isso nos números. A Bloomberg, popular plataforma de serviços financeiros, estima que já existem mais de 30 trilhões de dólares em ativos com algum nível de ESG ao redor do mundo, com espaço para que esse número passe dos 50 trilhões até 2025. ESG no Brasil O tema ESG ainda está engatinhando no Brasil, mas tem muito espaço para crescer. Segundo a ANBIMA (Associação Brasileiras das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais), os fundos de investimento com foco em ESG vem ganhando força e estão captando mais recursos para realizarem seus investimentos. O país historicamente enfrenta desafios de sustentabilidade. Seria fácil listar todos problemas do Brasil em práticas ESG letra por letra, com a tendência global de cuidados quanto à sustentabilidade culminando em desafios e oportunidades para o país. Futuro do ESG Como já mencionado, as perspectivas para o futuro da sigla ESG apontam um contínuo crescimento do segmento, trazendo a necessidade de adaptações para empresas em todos estágios, desde gigantes de algum setor até empresas menores buscando expandir sua marca. A ampliação das práticas ESG foram e devem continuar sendo impulsionadas por dois grupos: consumidores e investidores. O primeiro grupo está cobrando mais das empresas em questões ambientais e sociais, dando preferência para aquelas marcas com agenda parecida, enquanto que os investidores também buscam maior alinhamento de valores com as empresas, além de terem o dever de procurar, identificar e obter ganho financeiro com mudanças estruturais no consumo.
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